Eu, viajante...

Percorro um caminho onde muitas vezes é necessário perder o chão para alcançar o céu.

Vou por um lugar onde é preciso calar o mundo para conseguir seguir o meu verdadeiro destino.

Meus pés percorrem o trajeto no qual estar frágil significa ser forte, expor os medos significa ser corajoso e crer no que não se vê é o que torna tudo real.

E nessa caminhada, onde o louco é que confunde o sábio, só realmente ganha aquele que escolhe perder para sí mesmo. Vivem o novo os admiráveis e audaciosos que decidem perder o controle de tudo para assim encontrarem a autêntica razão de tudo.

E onde há o anseio frenético em encontrar o verdadeiro significado da vida - Cristo, Aquele que floresce todo o caminho pelo qual eu percorro - só encontra a paz quando se está em posição de rendição, bem perto Dele, no repouso do Jardim Secreto. Onde não há máscaras, e Ele nós vê assim como somos.É neste lugar que eu me encontro, me descobro, me transformo naquilo que nasci para ser.

Este é o caminho que minha compreensão sozinha não consegue entender.

É a morte que gerou vida.É a graça que me 'agraça'.É o porto seguro em meio ao turbilhão de emoções dentro de mim.

E de um coração grato, mesmo não sendo fácil, sorrio por Ele persistir em me guiar neste caminho que me aperfeiçoa até que eu, inexperiente viajante, chegue finalmente ao destino de minha viagem: o céu. Ou melhor, aos braços Dele.

(São Paulo - SP)

“Tendo por certo isso mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo”. Fl 1:6

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